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Rio Verde,25/04/2025

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FRANCISCO COMPLETA 11 DIAS DE INTERNAÇÃO

PONTÍFICE ESCREVEU CARTA DE DEMISSÃO

Sábado
FRANCISCO COMPLETA 11 DIAS DE INTERNAÇÃO Papa argentino está internado no Hospital Gemelli de Roma com bronquite, que derivou para uma pneumonia bilateral. / Foto: Alberto Pizzoli

O Papa Francisco tem trabalhado a partir do hospital, onde se encontra há onze dias. O direito canónico é omisso na eventualidade de o líder da Igreja ficar incapacitado, mas Francisco já manifestou desejo de sair caso tal ocorresse.

Há apenas duas formas de um Papa deixar de o ser: em caso de morte ou renuncia ao seu mandato. Mas o estado de saúde do Papa nas últimas duas semanas levanta questões sobre o que acontece se o bispo de Roma estiver incapaz de liderar a Igreja Católica, mas estiver também incapaz de renunciar. O direito canónico é omisso neste ponto, mas a Igreja nunca fica sem liderança, mesmo que o Papa fique em coma.

O que acontece se o Papa Francisco, que está internado há onze dias com uma pneumonia, estiver incapaz de fazer essa renúncia? Entra em marcha a máquina do Vaticano que assegura as funções do bispo de Roma, mesmo que ele não consiga. Mas o Papa continua a ser o Papa. 

Atualmente, mesmo estando hospitalizado com uma pneumonia grave há mais de uma semana, o Papa continua a liderar a Igreja. De acordo com as notícias avançadas pelo Vaticano, o bispo de Roma continua a trabalhar, apesar de ter delegado muitas das suas tarefas do dia a dia para as equipes que o auxiliam nas suas várias funções. 

Nas suas últimas entrevistas, questionado a propósito dos seus problemas de saúde, Francisco reconheceu que não tencionava resignar, a não ser que surgisse algum problema grave de saúde e ficasse demasiado limitado para poder governar. 

Mas o próprio Papa escreveu, quando foi nomeado, uma carta de demissão que deveria ser invocada caso chegasse a um estado em que estava medicamente incapacitado. A existência dessa carta foi revelada pelo próprio, mas não se sabe o conteúdo da mesma. O chefe da Igreja Católica disse que assinou a carta de demissão e a remeteu ao secretário de Estado do Vaticano, Tarcísio Bertone. "Assinei a demissão e disse-lhe: 'Em caso de impedimento médico ou outro, aqui está a minha demissão. Tem-la", declarou em entrevista ao ABC. Bertone reformou-se em outubro de 2013, meses depois do conclave que elegeu Francisco. O Papa disse não saber o que aconteceu à carta. Porém, não é claro se o documento é válido: a renúncia tem que ser "manifestada livremente e de forma própria", como fez Bento XVI. 

O que diz a lei canónica?


Foto: TT Studio

Segundo o direito canónico, quando um bispo está incapaz de exercer as suas funções, fica a cargo do bispo-auxiliar ou do vigário-geral a gestão da diocese. Mas no caso do Papa estar incapaz (por exemplo, em estado comatoso) o direito canónico refere que nada pode ser alterado enquanto esta situação se mantiver. Na hipótese do Papa ficar em estado vegetativo, mantém-se esta situação até que o Papa esteja lúcido novamente e capaz de renunciar, ou quando morrer e for nomeado um substituto. 

Esta situação de omissão no caso do Papa ser incapaz de renunciar levou uma equipa de advogados de direito canónico a propor, em 2021, alterar a lei para preencher esta falha jurídica, sublinha a agência noticiosa Associated Press. Os proponentes defendiam que com o avanço médico chegaria uma altura em que o Papa continuaria vivo, mas incapaz de governar. Defendiam ainda que a Igreja devia definir quando é altura de substituir o Papa por impedimento e fazer uma transferência de poder para um novo bispo de Roma, em "nome da unidade".







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